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Jon Batiste, de 'Soul': 'Eu tinha que achar a emoção certa, e ela estava nos acordes'

Atualizado: 8 de mar. de 2021

Ganhador do Globo de Ouro de melhor trilha sonora, americano de 34 anos que também inspirou o pianista da animação mostra a sua paixão por Tom Jobim



RIO - Dos dedos longos usados como modelo para a animação do personagem principal, o pianista de jazz Joe Gardner — aliás, os mesmos que tocam as notas ouvidas em cena —, à composição das canções e as histórias como professor de música usadas no roteiro, o filme “Soul”, da Pixar, deve tudo isso a uma só pessoa: Jon Batiste, instrumentista, bandleader, arranjador e cantor nascido há 34 anos em uma das mais prestigiadas famílias musicais de New Orleans.


Desde domingo, o americano é também o ganhador do Globo de Ouro de melhor trilha sonora (juntamente com Trent Reznor e Atticus Ross), por “Soul”. Mas isto era só uma possibilidade na sexta-feira, quando Batiste conversou por Zoom com o GLOBO e falou de... música brasileira. Que também fez questão de tocar ao piano durante a entrevista.


— U-hu! Amo essa parte! — animou-se ele a certa altura de “Chega de saudade”, canção de Tom Jobim e Vinicius de Moraes, que mostrou junto com “Wave”, só de Tom.

Vídeo: Reprodução O Globo


Na entrevista, Jon Batiste falou de suas conexões brasileiras e do trabalho em “Soul”, feito ao longo de dois anos com o diretor e roteirista Pete Docter:


— Fui criando sequências de acordes que soassem celestiais, etéreas e, ao mesmo tempo, ligadas à Terra. A primeira coisa que eu tinha que achar era a emoção certa, e ela estava nos acordes.




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